terça-feira, 5 de junho de 2007

São os nossos menores problemas

Já dizia Adam Smith, com outras palavras que, o grau de liberdade obtido se faz através do maior ou menor poder econômico do seu possuidor. Triste constatação a sua aplicabilidade ser tão esmagadoramente real. Os ideais defendidos e positivados na Carta Magna brasileira de 1988 são espetaculares, porém, aparte a teoria, na prática não verifica-se a operacionalização e regulamentação da maioria desses direitos e deveres, sendo um dos resultados do descaso do Leviatã de Hobbes, o educacional que o país acalenta, dentre outros fatores geradores da criminalidade tratados de forma capenga, como o social, familiar, psicológico e principalmente, junto com aquele primeiro citado o econômico-cultural que emergem e nos afrontam a dignidade humana.

Não se forma homens através do estudo sem meios básicos, e direcionamento sério e dignidade, e não se trata da relacionada a níveis de honra nobiliárquica, é a tracejada de características mais elementares, das necessidades do homem, estamos falando da fome; diz o ditado popular, sabiamente: “que saco vazio não para em pé”. Crianças e adolescentes, magros, famintos, desvalidos, com pés no chão, vendendo chiclete, vendendo a alma por um pedaço de pão, como diz de outra maneira a música do grupo Engenheiros do Hawaí, e na falta deste, algo que sirva e dure mais tempo para abrandar a sua supérflua necessidade de se alimentar, como Herbert de Sousa, “o Betinho” já dizia: “a fome não espera, mata”. Daí para o crime ou ato infracional é um “pulo”, a distância é tênue. O animal eriçado e acuado pelo seu próprio semelhante, o homem, que à menor aproximação desse menino levanta as barreiras do vidro de seu carro, e olha-o com soberba e repulsa, filha do seio de “nossa” terra, enquanto os representantes do imperialismo alienante fartam-se na capital da nossa “Colônia”, é o nosso futuro, e o de nossos filhos bem alimentados.

A criminalidade é crescente a olhos nus, é a ponta de um arranha-céu, não de um iceberg, pois este é submerso, enquanto aquele é visível em todos os seus fatores geradores, como tal monumento é o crime, erguido pela sociedade, dos menores ao maiores deslizes de conduta, no entanto, como o prédio, para os transeuntes incautos passa desapercebidamente, já não causa admiração ou espanto, até o dia em que alguém , algum maluco, pare, olhe e no ápice do seu susto delibere e diga “que perigo esta construção, é um assinte à humanidade”, e deste ponto aja com a audácia dos loucos, a que muitos consideram os idealistas, com coragem e desprendimento, para derrubar o “World Trade Center” da iniqüidade criminosa que permeia o Brasil, para salvar a prole abandonada de nossa, quem sabe um dia, Soberana Nação.

Cidcley Wattson da Silva Nascimento

2 comentários:

Lucas Ranyel disse...

Muito bom o texto mas o que seria "honra nobiliárquica" e "iniqüidade criminosa" ?

Anônimo disse...

aew wattson...bom texto
vamos escrever mais aew...rsrsrsrsrs
flw
aécio gomes